O Piauí registrou a primeira morte por Chikungunya, de um adolescente de 14 anos, do município de Jaicós, informou a Secretaria de Estado de Saúde do Piauí (Sesapi) nesta segunda-feira (13). Última morte pela doença foi registrada em 2018.
O adolescente faleceu no dia 3 de junho e estava estava internado no Hospital Regional Justino Luz, em Picos, desde 29 de maio. Após exame, foi confirmado que ele estava com Chikungunya.
“Recebemos a princípio uma notificação de Chikungunya de um adolescente de 14 anos, do município de Jaicós. O quadro foi se agravando e foi colhido material de PCR, que foi para o Lacen, que foi positivo. Então em 2022 é o primeiro óbito por Chikungunya. Em 2018 tivemos o registro de seis óbitos, hoje esse é o primeiro”, informou a coordenadora de Epidemiologia da Sesapi, Amélia Costa.
Ela afirmou que em relação a 2021, o estado está tendo um aumento de 5.417,7% de casos da doença, que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Amélia disse que quem sentir os sintomas, que procure um posto de saúde e destacou a necessidade de prevenção.
“As pessoas que passam de dois a três meses sentindo os sintomas, como os edemas nas mãos e pés, e isso são complicadores, pois a pessoa não pode se automedicar, que busque o serviço de saúde, como medida de proteção, o que devemos fazer é o cuidado, não formar criadouros, nem na sua residência e se ver na rua fazer denúncia para autoridades. Até um copo descartável forma um criadouro”, destacou.
Amélia Costa pontuou que está recebendo vários pedidos para liberar o carro fumacê nos municípios, mas que a liberação só acontece quando são atendidos alguns requisitos. “Somos chamados para liberar carro fumacê, mas na verdade ele tem que ter alguns requisitos, pois ele traz muitos danos para a saúde, e os requisitos são o alto índice de infestação nas residências e também avaliar se a incidência é alta no município”, explicou.
De acordo com o boletim da 21ª Semana Epidemiológica, o Piauí apresentou um aumento de 5.417,7% nos casos de Chikungunya, em comparação com o mesmo período do ano passado. As seis mortes registradas em 2018 foram nas cidades de Matias Olímpio, São João do Piauí, São Julião e Teresina.
Outra doença, que também é ocasionada pelo Aedes Aegypti, é a dengue, que contou com um crescimento de 765,8%, e 10 mortes foram registradas em 2022.